quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Á você: o amor da minha vida...


Leia ao som de "Someone New" - BAKNS

De verdade, meu bem, eu não acredito que você exista. Mas cheguei à conclusão de que, se não for por amor, que seja por você.
Então, que eu te encontre num dia ensolarado, nublado, chuvoso, com névoa e te diga alguma coisa. Que eu te reconheça no momento exato em que puser meus olhos em você. E que você saiba que houve um encontro ali. Que você esteja vestido de vermelho, amarelo, azul, verde, preto e branco. Que você me ache engraçadinha, pelo menos. Quem sabe tímida, quem sabe meiga, quem sabe charmosa do tipo "sexy, mas sem ser vulgar". Quem sabe eu nem te chame a atenção, mas que você me veja com bons olhos e eles encontrem os meus...  E que aí você perceba o quanto eu te enxergo em tão pouco tempo. Que você seja amigo de algum amigo ou o gerente do banco, ou meu professor de francês. ou quem sabe um nerd desengonçado que gosta de Star Wars e outras coisas. Que você se encante comigo de alguma maneira. 
Que você se permita me conhecer melhor e saber que eu sou legal, ou que sou interessante, ou que não tenho nada a acrescentar a você, ou que eu sou uma garota romântica que ainda acredita no amor verdadeiro, ou que eu tenho um blog bacana que fala dessas coisas bonitas ... Mas que você não seja um ponto final. Que seja as aspas, as reticências, o parágrafo, o travessão. Que você seja.
Que você saiba como eu sou complicada, ou que eu sou desajeitada, ou que eu sei dançar muito bem, ou que eu piso no seu pé porque não sei andar em linha reta, ou que adoro o cheiro de café, mesmo não gostando de bebê-lo. Mas que você decida ficar e me conhecer mais, seja por curiosidade ou porque acha que pode se encontrar no meio da minha bagunça.
Que a gente se conheça aos poucos, aos muitos, aos tantos, aos beijos, aos toques, aos olhares, aos filmes de fim de tarde, aos cheiros de perfume novo, aos dias de dormir de conchinha, aos minutos de ligações intermináveis. Que você possa contar comigo, possa dormir comigo, possa brigar comigo. Que você não se arrependa naqueles momentos em que a gente questiona o amor, que você tenha orgulho de me mostrar pras seus amigos e que eles tenham inveja de você. Que eu possa te trazer café na cama, te dar um beijo de surpresa, te permita me ver sem maquiagem e com o cabelo desalinhado, te morder e te tecer elogios até você ficar sem graça. Que eu não seja odiada pelos seus pais - especialmente por sua mãezinha. Que você me queira como mãe dos seus filhos, que você se orgulhe de mim.
Que eu possa te fazer sonhar. Que eu possa realizar os teus maiores sonhos e te consolar caso alguma coisa dê errado no meio do caminho. Que eu não saia nunca do seu lado, nem quando você pedir. Que os meus dias de TPM sejam lembrados com risadas e justifiquem aqueles quilos a mais que eu ganhar com Haagen-Dazs que você me trará a cada mês. Que você me permita chorar de rir, chorar de saudades, chorar de alegria... Que eu possa garantir que você não vai se machucar. Que o nosso filho tenha os seus olhos e suas mãos. Que ele me lembre todos os dias de você. Que a gente caia um pouco na rotina e não mude por isso. Que a gente saia da rotina e se encante com algumas aventuras de vez em quando. Que a gente saiba reconhecer o valor da companhia do outro. Que eu te ame como nunca amei ninguém e que você me modifique da maneira que o seu amor quiser.
Mais importante que isso tudo: que você exista. 
E que não demore tanto pra chegar na minha vida.

Texto de Daniel Bovolento adaptado por Mirian Barreto

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